segunda-feira, 2 de junho de 2014

(Momento "Primeira Onda do Post-Grunge" Parte 6) Kilgore Smudge.


Essa banda, que ficou melhor conhecida como Kilgore Smudge, foi formada em 1991 na capital de Rhode Island, Providence. Sua formação mais conhecida consistia no vocalista Jay Berndt, nos guitarristas Brian McKenzie (Principal compositor da banda) e Mike Pelletier, no baixista Jason Smith e no baterista Bill Southerland. A sonoridade da banda possui os pés bem fincados no Metal Alternativo, com traços do Grunge (O que originou anos mais tarde, numa variação mais pesada do Post-Grunge) com bastante influencia do Hardcore Punk Nova-Iorquino. A banda, infelizmente, não durou muito tempo, lançando apenas dois álbuns em sua carreira.

Todos os integrantes da banda estudavam no mesmo colégio, o La Salle Academy, em Providence. A escola católica sempre dava uma oportunidade para bandas se apresentarem na instituição, desde que colaborassem com o corpo estudantil. Isso dava a oportunidade para muitas bandas darem o primeiro passo na carreira musical. E essa foi a chance do quinteto formar uma banda em 1991 com esse objetivo: Fazer seus primeiros shows e ganhar fama.

Na época de ensino médio, o quinteto se chamava "Regicide" e foi com esse nome que a banda fez seus primeiros shows na instituição. Após a graduação no ensino médio, a banda mudou o nome para "Smudge" e logo eles começaram a compor músicas próprias baseadas em suas influencias: Iron Maiden, Black Sabbath, Metallica e Faith No More. Logo a sonoridade da banda foi ficando cada vez mais agressiva, se assemelhando ao Metal Alternativo que estava em alta no começo da década de 90, cada vez que a banda juntava suas influencias com outras vindas do Hardcore Punk de Nova York.

Após lançarem sua primeira demo, chamada Spill, em 1993, a banda começou a fazer diversos shows em bares e casas noturnas em Providence, e geralmente abrindo shows de bandas mais consagradas como Life Of Agony, Cro-Mags, Sick Of It All e Sheer Terror.

Porém, após descobrirem que existia uma banda de pop-punk australiana com o mesmo nome, eles decidiram mudar o nome para "Stain". Com esse nome, a banda lançou outra demo, chamada de Die Cast, em 1994. Foi com essa demo que a banda conseguiu chamar a atenção da gravadora Unsound Records (Uma subsidiária da Warner Bros.). A banda logo assina um contrato com a Unsound, mudando de nome novamente, para "Kilgore Smudge" e lançando seu primeiro álbum, Blue Collar Solitude, em 1995, produzido por Howard Benson.

(Nota do autor: Eu, infelizmente, não tenho as duas primeiras demos do grupo, Spill e Die Cast, pois elas são extremamente difíceis de achar. Se alguém conseguir achar, por favor, comentem nesse post, beleza?)


Kilgore Smudge - Blue Collar Solitude (1995)
1. Hang Time
2. Metamorphosis
3. Trial
4. Cleaner
5. Middleway
6. Therapy
7. 3
8. Blue Collar Zen
9. Senorita Beefeater
10. Fridgafloor
11. Die Cast Mold


A banda conseguiu um nível bem sólido de sucesso, graças ao single Hang Time, que ganhou um vídeo-clipe e foi parar nas rádios, fazendo com que o quinteto abrisse shows para diversas outras bandas, como Marilyn Manson, Biohazard, Clutch e Sublime. Em 1996, o baixista Jason Smith saiu da banda e foi substituído por Steve Johnson.

 Após o ano de 1997 inteiro na estrada, a banda começa 1998 se mudando para Los Angeles, California, para compor, ensaiar e produzir o sucessor de Blue Collar Solitude com Ed Stasium (Que foi engenheiro de som de quase todos os discos do Ramones). Logo, durante as sessões de gravação do álbum novo, Steve Johnson sai da banda e é substituído por Marty O'Brien. O álbum novo, intitulado A Search For Reason, foi lançado em 1998 pela Unsound Records, mas devido a um misterioso novo acordo empresarial assinado pela banda, a mesma decidiu lançar o novo álbum sob o nome "Kilgore".


Kilgore - A Search For Reason (1998)
1. Steamroller
2. Avowal
3. Introverted
4. In Medias Res
5. NeverAgain
6. Lullaby For Your Casket
7. Prayers For The Dying
8. Providence
9. Drop The Hammer
10. TK-421
11. Double-Edged Sword
12. X


Logo após a gravação do álbum, a banda caiu na estrada novamente, se tornando uma das muitas bandas no cast do festival Ozzfest naquele mesmo ano de 98. O álbum A Search For Reason recebia ótimas resenhas, que classificavam o álbum com uma sonoridade bem mais madura que Blue Collar Solitude. Porém, a banda não durou muito mais tempo para aproveitar o sucesso.

A banda decidiu se separar no ano 2000 após a saída do vocalista Jay Brendt, mesmo com as tentativas do guitarrista Pelletier, do baterista Southerland e do baixista O'Brien de procurar um novo vocalista para o Kilgore, o fim foi inevitável. Brendt acabou se retirando do mundo da música depois do fim da banda, retornando apenas em 2005 com um novo projeto de música Country, chamado "The Revival Preachers", chegando até a lançar um álbum chamado "Breathin' Through A Bruise". Ele também lançou um álbum solo chamado "Sad Bastard Songs" em 2010.

Após o fim da banda, em 2003, o guitarrista Brian McKenzie começou uma carreira solo e lançou dois álbuns. Um terceiro, "Resolution" foi lançado em 2010 e produzido em conjunto com Brendt.

O baixista Marty O'Brien, depois do fim do Kilgore, se juntou ao Methods Of Mayhem, a banda de curta-duração do baterista do Motley Crüe, Tommy Lee. Ele também já participou de várias sessões de estúdio com diversas bandas do cenário Nu Metal, incluindo Disturbed e Static-X, além de artistas mais pop como Celine Dion e Kelly Clarkson. Hoje ele é baixista do We Are The Fallen e em 2010 ele se reuniu com Tommy Lee para reviver o Methods Of Maythem.

O guitarrista Mike Pelletier começou a se dedicar mais a trilha sonora de jogos de video-game, além de ter se juntado ao In For The Kill.

Bill Southerland foi outro que deixou o mundo da música, porém, para se dedicar ao trabalho com crianças em uma creche, até 2008, quando ele decide se reunir com Berndt para formar o Bloodwitch junto com integrantes de uma banda chamada Seemless.

A banda só se reuniu apenas uma vez, em 2007, para um concerto beneficente na terra-natal deles, Providence, para arrecadar fundos para instituições de caridade que combatem o câncer de mama. Depois disso, a banda nunca mais se reuniu, infelizmente.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

(Olha o Caminhão do Gás chegando!) Gas Huffer.


Essa banda se chama Gas Huffer. Esse quarteto foi formado em 1989 em Seattle, Washington pelo vocalista Matt Wright, pelo guitarrista Tom Price, pelo baixista Don Blackstone e pelo baterista Joe Newton. A banda é uma das que integram o vasto movimento grunge que dominou as paradas musicais dos anos 90, mas infelizmente, a banda não é muito conhecida pelo público. O Gas Huffer é conhecido por conter histórias em quadrinhos nos encartes de seus álbuns que contém cada letra de cada canção presente. A sonoridade da banda é praticamente como a de seus colegas de cena: Um rock de garagem com influencias de punk rock e blues-rock.

Antes de formarem a banda, porém, o guitarrista Tom Price tocava no The U-Men, e quando a banda acabou em 1989, Price formou o Cat Butt, e depois se juntou ao The Kings Of Rock com Blackstone. Price conheceu Wright durante um dos shows do U-Men. Ambos se tornaram amigos e formariam o Gas Huffer anos mais tarde em 1989, o que inspirou Price a escrever músicas para o projeto. Logo os 2 se reuniram com Blackstone e o recém-chegado baterista Newton para gravar o primeiro registro do Gas Huffer: Um single de duas faixas chamado Firebug, que foi lançado pela Black Label Records em vinil naquele mesmo ano.


Gas Huffer - Firebug 7" (Single) (1989)
1. Firebug
2. Jesus Was My Only Friend


Logo a banda partiu para uma mini-turnê pelo estado de Washington, junto das Dickless e do Love Battery, abrindo shows do Mudhoney. E assim prosseguiu pelo restante do ano de 1989, quando a banda volta ao estúdio para compor o próximo lançamento: Um EP de quatro faixas chamado Ethyl. O EP foi lançado novamente pela Black Label Records em 1990.


Gas Huffer - Ethyl (EP) (1990)
1. I Want To Kiss You
2. Eat U Whole
3. Buck Naked
4. Mouthful


As turnês começaram a ficar mais intensas, com performances ao lado de bandas como The Walkabouts, Mudhoney e Coffin Break. Devido as constantes turnês, a banda chama a atenção da gravadora Empty Records. Logo o quarteto assina um contrato com a gravadora independente e produz com Jack Endino seu primeiro álbum, Janitors Of Tomorrow. O álbum foi lançado no ano seguinte, 1991 pela Empty.


Gas Huffer - Janitors Of Tomorrow (1991)
1. Nisqually
2. Shoe Factory
3. Night Train To Spokane
4. Going To Las Vegas
5. Dangerous Drifter
6. Robert
7. Mistake
8. All That Guff
9. Lizard Hunt
10. Insidious
11. Love Comes Creeping
12. Compromise In The Dark
13. Girl I Need Your Love (Right Now)
14. Want To Kiss You
15. Eat You Whole
16. Buck Naked
17. Mouthful
18. Firebug
19. Jesus Was My Only Friend


Foi com Janitors Of Tomorrow que a banda passou a ser bem conhecida no ramo underground, graças não só a sua sonoridade, mas as historinhas em quadrinhos que enfeitavam o encarte de seus álbuns, onde as letras das músicas podem ser encontradas nos balões de diálogo. A banda voltou a estrada com o Mudhoney de novo naquele mesmo ano de 1991 para uma turnê por toda EUA, que contou também com o Superchunk e o Olivelawn.

A turnê durou até 1992, quando a banda retorna ao estúdio novamente para compor o próximo álbum. Produzindo novamente com Endino, o segundo álbum da banda, com o nome de Integrity Technology And Service foi lançado pela Empty no final do ano. (Nota do autor: Aproveito também para incluir outro single que tenho aqui, chamado de Hotcakes, que eles lançaram no mesmo ano pela Sub Pop.)

  
Gas Huffer - Integrity Technology And Service (1992)
1. George Washington
2. Bad Vibes
3. Overworked Folk Hero Guy
4. Uncle!
5. The Piano Movers
6. In The Grass
7. Bomb Squad
8. Do The Brutus
9. Remove The Shoe
10. I.T.S. Credo
11. Where Wolfmen Lurk
12. Moon Mission
13. Sandfleas


A banda logo partiu pra estrada novamente junto com o Crackerbash e o Eric's Trip, que teve shows por toda a América do Norte, incluindo o México. A banda também fez uma turnê pela Europa, o que culminou no lançamento de um EP chamado Beer Drinkin' Cavemen From Mars, que une dois singles lançados pela banda nos EUA, em 1992, pela Musical Tragedies, apenas na Europa.


Gas Huffer - Beer Drinkin' Cavemen From Mars (EP) (1992)
1. Hotcakes!
2. Beer Drinkin' Cavemen From Mars
3. Mole
4. Body Buzz


A banda passou o ano de 1993 na estrada, e graças ao single Hotcakes, que na qual foi feito um vídeo clipe, a banda chamou a atenção da Epitaph Records, gravadora cuja qual a banda assinou um contrato naquele mesmo ano de 93 e logo eles passaram a produzir o sucessor de Integrity Technology And Service com Kurt Bloch, na época, guitarrista dos Fastbacks. O resultado foi One Inch Masters, lançado pela Epitaph em 1994.


Gas Huffer - One Inch Masters (1994)
1. Crooked Bird
2. Mr. Sudbuster
3. More Of Everything
4. Stay In Your House
5. 14th & Jefferson
6. Walla Walla Bang Bang
7. Appendix Gone
8. Chicken Foot
9. What's In The Bag?
10. Hand Of The Nomad
11. Quasimado '94
12. No Smoking
13. Action/Adventure
14. Goat No Have


Com One Inch Masters, a banda ganhou um pouco mais de atenção na Epitaph em comparação a era em que estavam na Empty, gerando até mesmo vídeoclipes das músicas Crooked Bird e More Of Everything. Logo a banda voltou a estrada nos EUA, abrindo shows do NOFX e Pansy Division, junto de bandas como Bad Religion, Frodus e Steel Wool. A banda também fez uma turnê na Austrália, onde lançaram um EP de 8 faixas, chamado The Shrill Beeps Of Shrimp, pela Au Go Go.


Gas Huffer - The Shrill Beeps Of Shrimp (EP) (1994)
1. Bmx
2. Bedtime For Freaky
3. Bootcheck
4. Java Jet Pack
5. King Of Hubcaps
6. Spinning Discs 'O Fire
7. Psycho Devil Girl
8. According To Hoyle


Em 1995, as turnês com o NOFX continuaram, isso até o ano de 1996, onde a banda voltou ao estúdio com Kurt Bloch novamente na produção, para gravar o álbum seguinte, The Inhuman Ordeal Of Special Agent Gas Huffer, lançado pela Epitaph naquele mesmo ano de 96.


Gas Huffer - The Inhuman Ordeal Of Special Agent Gas Huffer (1996)
1. You Are Not Your Job
2. Fall Of The Kingfish
3. Sixty Three Hours
4. Mosquito Stomp
5. Carolina Hot Foot
6. Matt's Mood
7. Smile No More
8. Tiny Life
9. Double-O-Bum
10. The Sin Of Sloth
11. Numbnuts Cold
12. Discovery Park
13. Money: 1, Fun: 0
14. Plant You Now


Com esse álbum, a banda desenvolve um som mais voltado para o rock alternativo, mas ainda assim com muita influencia do blues-punk, gerando o vídeoclipe da música Sixty Three Hours. Logo a banda voltou a abrir shows pro Pansy Division e Psyclone Rangers, além de ter feito uma participação bem conhecida no festival Bumbershoot naquele mesmo ano, junto de bandas como The Presidents Of The USA, Spin Doctors, Crash Test Dummies e House Of Pain, além de ter feito um show no Seattle Center junto de bandas como Reverend Horton Heat, Young Fresh Fellows, Tad, Mekons, The Presidents Of The USA e Bush Tetras.

Durante o fim de 1996 e todo o ano de 1997, a banda ficou na estrada, fazendo shows nos EUA, Canadá, Europa e Oceania, realizando seus primeiros shows na Nova Zelândia. Logo a banda retorna ao estúdio em 1998 para produzir o próximo álbum com Phil Ek e a participação de Mark Arm, do Mudhoney, nos sintetizadores. O álbum Just Beautiful Music foi o último álbum da banda lançado pela Epitaph, naquele mesmo ano.


Gas Huffer - Just Beautiful Music (1998)
1. Rotten Egg
2. Beware Of Viking
3. Over The Side
4. Is That For Me?
5. Clay Pigeon
6. Old Man Winter
7. Hacked
8. The Last Act
9. The Princess
10. Don't Panic
11. Jungles Of Guam
12. The Surgeons
13. Mr. Inbetween
14. Cut The Check
15. Bridge To The 21st Century
16. You May Have Already Won


Just Beautiful Music se distancia um pouco mais dos álbuns anteriores devido a participação de Mark Arm nos sintetizadores. Mas mesmo assim, esse foi o último álbum da banda com a Epitaph, pois os integrantes não estavam mais satisfeitos com a gravadora, e decidiram pular fora da mesma. A banda permaneceu sem gravadora e apenas fazendo shows durante 1998 inteira, que incluía shows com o Creeper Lagoon, Zeke e Tad, além de mais uma participação no festival Bumbershoot, junto de bandas como Fuel, Third Eye Blind, Live, Jehtro Tull e Yo La Tengo.

As turnês prosseguiram até 2001, onde a banda consegue um novo contrato, dessa vez com a Estrus Records. Em 2002, a banda produz com Jack Endino o sucessor de Just Beautiful Music. Com o nome de The Rest Of Us, o álbum foi lançado pela Estrus em 2001 no formato LP e em 2002 no formato CD.


Gas Huffer - The Rest Of Us (2002)
1. The Rest Of Us
2. The Day The Bottom Fell Out
3. Dig That, Do That
4. Aldedly Blues
5. Ghost In The Lighthouse
6. Lexington Nightlife
7. Glass Bottom Boat
8. Goodbye Crescent
9. Third Party Man
10. Horse And Wagon
11. I'm So Delighted
12. Ink Dries
13. Berlin To New York 1937
14. Babytown


Com The Rest Of Us, a banda volta ao arroz com feijão de sempre: O blues-punk de garagem na qual é bem conhecido. O quarteto volta a estrada, abrindo shows de bandas como Fastbacks e The Catheters. As turnês continuam por um bom tempo, até 2005, quando produzem seu último álbum da carreira com Johnny Sangster. O álbum Lemonade For Vampires foi lançado pela Estrus naquele mesmo ano de 2005. A banda, infelizmente, encerrou as atividades em 2006 com um último show em Seattle, Washington, que contou com a abertura das bandas Girl Trouble e Canned Hamm.


Gas Huffer - Lemonade For Vampires (2005)
1. Hold The Roll
2. Monument
3. Another Wafer, Please
4. Kingdom Of The Sun
5. Canadian Vistas
6. Easter Grass
7. All Natural
8. Mayfield
9. Taco And A Bottle
10. Midnight At The Apollo 13
11. Long White River
12. Termite Thermometer
13. Ruined
14. Untitled


sexta-feira, 4 de abril de 2014

(Momento "Grunge de Outro País" Parte 2) Ziggy Was.


Essa banda tem um nome muito curioso: Ziggy Was.

Essa banda foi formada em 1992 na cidade de Thessaloniki, na Grécia, e sua formação consistia no baterista Costas Karapanos, o baixista Lambros Saltsidis e o guitarrista/vocalista Panos Rosis. O nome da banda, Ziggy Was, é a junção de duas músicas dos anos 70: "Ziggy Stardust" do David Bowie e "Johnny Was" do Bob Marley. A sonoridade da banda é bastante confusa: É uma junção frenética de hardcore punk, heavy metal, punk rock e grunge com toques de funk rock.

Apesar de terem formado a banda em 1992, só em 1993 que o power-trio grego começou a fazer shows e logo, junto com a atenção recebida, resolveram gravar uma fita demo, chamada de Oil Land, e lançá-la de forma independente naquele mesmo ano.


Ziggy Was - Oil Land (Demo) (1993)
1. Oil Land
2. Ziggy Was
3. No Way
4. Time's Over
5. Night Train To Moscow
6. I Swear
7. Shot Gun


A banda ficou bastante conhecida pelas suas performances explosivas no palco, e graças a divulgação da demo, a banda atraiu a atenção da gravadora independente Lazy Dog Records. A banda assina com a pequena gravadora e produz dois lançamentos: Um single 7" chamado Take A Look At The Kids/Oil Land e o primeiro álbum da banda, Here. Ambos foram lançados em 1994 pela Lazy Dog.


Ziggy Was - Take A Look At The Kids/Oil Land (7") (1994)
1. Take A Look At The Kids
2. Oil Land



Ziggy Was - Here (1994)
1. Shotgun
2. Take A Look At The Kids
3. Embargo
4. Noway
5. I Swear
6. Night Train To Moscow
7. Europe '94
8. Time's Over
9. Ziggy Was
10. Roses 4 U


A partir do álbum Here, a sonoridade da banda começa a se assemelhar muito a de uma banda norte-americana bem famosa: Rollins Band.

A banda partiu para uma turnê em terras gregas, em uma época em que as grandes gravadoras ainda não haviam aberto os olhos para o underground grego, porém isso não derrubou a banda de jeito nenhum. Em 1995, a banda lança um EP pela Lazy Dog, chamado Two Turns To One.


Ziggy Was - Two Turns To One (EP) (1995)
1. Violince
2. Lust
3. Two Turns To One
4. Lady A
5. Salted Kiss


Foi durante a metade dos anos 90 que o underground grego começou a chamar atenção das grandes gravadoras. Mais precisamente, da Virgin Records. A gravadora já havia assinado contratos com diversas bandas gregas, como Deus Ex Machina e Rotting Christ, e o Ziggy Was não foi exceção. Eles assinam com a Virgin Records em 1996 e com o guitarrista-base George Petzikis, a banda lança seu segundo álbum de estúdio, Unicorn Pan, em 1997 pela Virgin.


Ziggy Was - Unicorn Pan (1997)
1. Car Crash
2. Baby Breath
3. What Hippie?
4. Bugs
5. Two Fingers
6. She
7. Salted Kiss
8. Bitter
9. Speedball
10. When It Comes
11. Speak Of The Gun


Unicorn Pan tem uma sonoridade bem mais voltada para o grunge, porém em muitas passagens lembra outra banda norte-americana: Rage Against The Machine.
A banda chegou a promover o álbum em mais alguns shows, porém, inesperadamente, a banda se separou naquele mesmo ano de 1997. Não se sabe o por que, nem qual foram os próximos projetos dos integrantes.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

(Hum... Que lã mais macia!) Wool.


Essa banda se chama Wool. Esse quarteto da capital dos EUA, Washington D.C., foi formado em 1990 pelos irmãos Franz Stahl (Guitarra e Backing-Vocals) e Peter Stahl (Vocais e Guitarra) junto do baixista Al Bloch e do baterista Peter Moffett (Substituído depois por Chris Bratton). A sonoridade da banda se assemelha muito a uma mistura frenética de punk rock, rock alternativo e hard rock, que difere um pouco da sonoridade das bandas hardcore punk da capital norte-americana.

O Wool começou em 1990 quando Franz e Peter foram forçados a encerrar as atividades de sua banda anterior, o Scream. Os motivos foram a saída do baixista Skeeter Thompson (Para se juntar ao AWOL) e a saída do baterista Dave Grohl (Para se juntar ao Nirvana no meio de uma turnê nos EUA). Os irmãos se juntaram ao baixista Al Bloch (Que é irmão de Kurt Bloch, guitarrista solo dos Fastbacks) e ao baterista Peter Moffett.

O primeiro lançamento do Wool foi um EP de seis faixas chamado Budspawn, que foi lançado pela External Records em 1992.


Wool - Budspawn (EP) (1992)
1. S.O.S.
2. Slightly Under
3. Clear My Head
4. Wait
5. Medication
6. Eff


A sonoridade de Budspawn é o melhor exemplo de como a banda junta a estética punk do quarteto com uma sonoridade bastante próxima do hard rock com toques de psicodelia drogada.

Porém, o baterista Peter Moffett sai da banda e é substituído por Chris Bratton e assim, a banda começa a chamar a atenção de outras gravadoras maiores. A banda logo assina um contrato com a London Records em 1993, no momento em que o Grunge estava em ascensão. No começo de 1994, a banda grava o seu primeiro álbum de estúdio, chamado Box Set, e o lança em meados daquele mesmo ano pela London.


Wool - Box Set (1994)
1. Eden
2. Kill The Crow
3. Eat Some Ziti
4. Superman's Dead
5. B-350
6. Chances Are
7. Coalinga
8. Speak
9. God Rest His Soul
10. Blackeye
11. Take A Look


O álbum segue com uma sonoridade parecida com a do EP Budspawn, mas com uma divulgação ainda maior, o que fez com que a banda ganhasse uma nova base de fãs, mas aquilo não foi o suficiente para a London Records, nem mesmo com a banda divulgando o álbum com incessantes turnês. A banda passou o ano de 1995 fazendo turnês pelos EUA, e a banda decide lançar mais um disco, dessa vez um ao vivo pela Your Choice Records. O álbum se chama simplesmente Your Choice Live Series.


Wool - Your Choice Live Series (1995)
1. S.O.S.
2. Kill The Crow
3. Soundcheck Song
4. Car Crash
5. Clear My Head
6. Eden
7. B-350
8. Eat Some Ziti
9. Blackeye
10. Coalinga
11. Superman's Dead
12. Medication
13. Wait
14. Eff
15. Sister Song


Após o ano de 1995 inteiro só fazendo turnês e uma recepção bem morna de Box Set, a banda foi demitida da London Records no começo de 1996, bem na época em que planejava o próximo álbum, já que o quarteto tinha consigo demos gravadas em 1994 e 1995. Mas em vez de seguirem em frente, a banda decide encerrar as atividades naquele mesmo ano de 96.

Depois do fim do Wool, o guitarrista Franz Stahl se tornou guitarrista da banda solo do músico japonês J (Também conhecido como Jun Onose, baixista do Luna Sea) e mais tarde se juntou ao Foo Fighters, banda do ex-colega de Scream, Dave Grohl, substituíndo Pat Smear. Seu irmão, Peter Stahl tocou no Earthlings? e no Goatsnake, e já apareceu em diversos volumes da série "The Desert Sessions" de Josh Homme, vocalista/guitarrista do Queens Of The Stone Age. Mais tarde ele se tornou um empresário de turnê de muitas bandas, como Foo Fighters, Cave In e Rammstein. O baterista Chris Bratton ajudou na composição do álbum das L7, The Beauty Process: Triple Platinum em 1997 e tocou também no Earthlings? com Peter Stahl e Al Bloch. 

terça-feira, 1 de abril de 2014

(Cuidado com aquele motor de carro, ele é psicomaníaco!!!) Motorpsycho.


Essa banda se chama Motorpsycho. É um power-trio formado em Trondheim, Noruega, em 1989. Sua formação conta com Bent Sæther, Hans Magnus Ryan e Kenneth Kapstad. Sæther e Ryan tocam diversos instrumentos e ambos contam como vocalistas, mas basicamente, ambos tocam guitarra, baixo, bateria, teclados, bandolim e banjo, enquanto que Kapstad se foca mais na bateria, teclados e um pouco de vocais também. A música do Motorpsycho não possui de certa forma, uma classificação, mas a banda já passou por diversos gêneros ao longo de sua carreira até os dias de hoje, com sonoridades calcadas no Grunge, Heavy Metal, Noise Rock, Rock Psicodélico, Indie Rock e Jazz.

A banda começou no final dos anos 80, em 1989. Bent Sæther (Na época, vocalista/baixista) e Hans Magnus Ryan (Na época, guitarrista) e Kjell Runar Jenssen (Baterista) se conheceram por que tocavam em diversas bandas da cena da cidade norueguesa, e formaram a banda com a intenção de tocar Metal Alternativo, e para escolher um nome, a banda decidiu fazer uma espécie de tríade de nomes de filmes de Russ Meyer, escolhendo primeiro o nome "Mudhoney". Logo após descobrirem outra banda bem conhecida com o mesmo nome, eles escolheram o nome "Faster Pussycat", mas novamente descobriram outra banda com o mesmo nome. Então, optaram pelo nome "Motorpsycho".

 A banda lança seu primeiro trabalho, uma demo de 4 faixas chamada Maiden Voyage, pelo selo/fanzine independente Knallsyndikatet.


Motorpsycho - Maiden Voyage (Demo) (1990)
1. Politician
2. Queen Chinee
3. How Was I To Know
4. Blueberry Daydream


Os primeiros shows começaram, fazendo com que a banda chamasse a atenção da gravadora Voices Of Wonder Records. A banda decide assinar com essa gravadora e ainda na primavera de 1990, o power-trio produz seu primeiro álbum, Lobotomizer. Lançado em 1991 pela Voices Of Wonder.


Motorpsycho - Lobotomizer (1991)
1. Lobotomizer
2. Grinder
3. Hogwash
4. Home Of The Brave
5. Frances
6. Wasted
7. Eternity
8. Tfc


O álbum contem um estilo bem rasgado, cru e pesado (Que varia do Heavy Metal ao Grunge), porém, para os fãs atuais, Lobotomizer é considerado o álbum mais fraco da banda. Esse foi o único álbum de estúdio onde a banda contou com Kjell Runar Jenssen, que saiu do grupo depois da gravação. Em seu lugar, entra Håkon Gebhardt, um amigo de infância do guitarrista Ryan. 

Os shows da banda, infelizmente, estavam restritos apenas a terras norueguesas, mas isso não impediu a banda de prosseguir e em 1992 a banda grava dois EP's em vinil: Um chamado Soothe e outro chamado 3 Songs For Rut. A banda decidiu juntar os dois lançamentos e lançá-los em uma coletânea apenas em CD chamada 8 Soothing Songs For Rut, pela Voices Of Wonder.


Motorpsycho - 8 Soothing Songs For Rut (1992)
1. Have Fun
2. Loaded
3. Lighthouse Girl
4. Sister Confusion
5. The Wait
6. Step Inside
7. We All Float Down Here Too!
8. California Dreamin' (The Mamas & The Papas Cover)


Logo a banda passa de trio para quarteto com o quarto integrante Helge Steen (Conhecido pelo seu pseudônimo "Deathprod"), que toca teclados e teremim. Com essa formação a banda dá mais um passo adiante na experimentação e decide continuar nesse caminho no próximo álbum. Produzido pelo próprio Deathprod, o álbum se chama Demon Box e foi lançado pela Voices Of Wonder em LP e CD, em 1993. (Nota do autor: Na versão em CD, algumas músicas não foram incluídas, como Gutwrench, Mountain e Mr. Who, para que o álbum coubesse em um simples CD. Portanto, a versão que estou postando é a do CD, quem tiver as faixas da versão em LP, comente aí, beleza?)


Motorpsycho - Demon Box (1993)
1. Waiting For The One
2. Nothing To Say
3. Feedtime
4. Sunchild
5. Tuesday Morning
6. All Is Loneliness
7. Come On In
8. Step Inside Again
9. Demon Box
10. Babylon
11. Junior
12. Plan #1
13. Sheer Profundity
14. The One Who Went Me Away


Demon Box contribuiu para que a banda ganhasse um novo nível de sucesso no ambiente underground, ganhando uma força de reconhecimento bem grande. A banda começou a ganhar sucesso em outros países além da Noruega, como Itália, Alemanha, Bélgica, Holanda, e até mesmo na Escandinávia. O álbum fez também com que a banda fosse nomeada para o Grammy Norueguês (Mesmo não levando o prêmio). Para a turnê, a banda participou do festival Roskilde daquele ano de 93, junto de bandas como Lemonheads, Afghan Whigs, Anthrax, Boghandle, Bad Religion, Cop Shoot Cop, Clawfinger, Living Colour, Dizzy Mizz Lizzy, dentre outras bandas.

Entre os anos de 1993 e 1994, a banda decide provar mais uma vez que tem muita criatividade. Produzindo novamente com Deathprod, o álbum Timothy's Monster foi lançado em 1994 dessa vez pela Harvest Records na Noruega e pela Stickman Records no resto do mundo. Antes disso, a banda também lançou outro álbum, dessa vez no estilo Country Rock, chamado The Tussler - Original Motion Picture Soundtrack, pela Harvest sob o nome "Motorpsycho & Friends".


Motorpsycho & Friends - The Tussler - Original Motion Picture Soundtrack (1994)
1. Theme From The Tussler
2. Six Days On The Road
3. Frances
4. Babylon
5. I Know You Rider
6. Hogwash
7. The Tussler (Slight Return)
8. Sunnyboy Gaybar
9. Sunchild
10. Waiting For The One
11. A Memory



Motorpsycho - Timothy's Monster (1994)
CD 1:
1. Feel
2. Trapdoor
3. Leave It Like That
4. A Shrug & A Fistful
5. Kill Some Day
6. On My Pillow
7. Beautiful Sister
8. Wearing Yr Smell
9. Now It's Time To Skate
10. Giftland
11. Watersound

CD 2:
1. The Wheel
2. Sungravy
3. Grindstone
4. The Golden Core


Com Timothy's Monster, a banda começou a se distanciar do som pesado para abraçar uma sonoridade mais indie rock (Ainda assim, com muita virtuosidade), mas isso não impediu a banda de ganhar ainda mais sucesso. O álbum também contou com a participação de Lars Lien nos teclados. Depois da gravação do álbum, Helge Steen decide sair do grupo para se focar mais nos estudos, mas ele ainda colaborou com a banda em alguns shows por um certo tempo, até ele ser substituído por dois integrantes: Lars Lien e Morten Fagervik.

A banda fez mais turnês em terreno Europeu, principalmente na Alemanha, Holanda e Itália, que durariam não só o restante do ano de 1994, mas o ano de 1995 inteiro, contando com outra participação no festival Roskilde e uma participação bem conhecida no festival Dynamo Open Air junto de bandas como Biohazard, Dub War, Fear Factory, Life Of Agony, Madball, Mental Hippie Blood, Shihad, Sun e Type O Negative.

A banda retornou ao estúdio em 1996 para compor um novo álbum. Produzido novamente por Deathprod, mas dessa vez em conjunto com Pieter Kloos, o álbum Blissard foi lançado pela Stickman Records naquele mesmo ano de 96.


Motorpsycho - Blissard (1996)
1. Sinful, Wind-Borne
2. "Drug Thing"
3. Greener
4. s Numbness
5. The Nerve Tattoo
6. True Middle
7. S.T.G.
8. Manmower
9. Fools Gold
10. Nathan Daniel's Tune From Hawaii


Blissard foi o primeiro álbum que na qual a banda tentou trazer músicas já prontas no papel, ao contrário do que aconteceu nos álbuns anteriores, onde a banda experimentava muito dentro do estúdio. E por isso é considerado o melhor trabalho da banda pelos críticos e pelos fãs. Na turnê de divulgação do álbum, a banda decidiu passar por países que até então a banda nunca tinha visitado, como Suíça por exemplo, além de mais turnês na Alemanha, Holanda e na terra-natal deles, Noruega. A banda prosseguiu com as turnês até 1997, voltando ao estúdio junto de Deathprod para produzir três EP's: Babyscooter, Have Spacesuit Will Travel e Lovelight. Cada um desses EP's teve 500 cópias prensadas e logo ficaram fora de catálogo.

Mas a banda decidiu usar a mesma tática que usaram em 8 Soothing Songs For Rut. Eles juntaram os três EP's e lançaram a coletânea Angels And Daemons At Play em 1997 pela Sony Records na Noruega e pela Stickman Records no restante da Europa.


Motorpsycho - Angels And Daemons At Play (1997)
 1. Sideway Spiral
2. Walking On The Water
3. Heartattack Mac
4. Pills, Powders + Passion Plays
5. In The Family
6. Un Chien d'space
7. Sideway Spiral II
8. Like Always
9. Stalemate
10. Starmelt/Lovelight
11. Timothy's Monster


 A sonoridade de Angels And Daemons At Play segue na mesma linha que Blissard: Um Hard Rock/Indie virtuoso e experimental bem setentista. A banda foi nomeada para o Spellemannprisen Awards, na classe Hard Rock. A base de fãs da banda continuou crescendo na Europa, com novas turnês surgindo em cidades da Noruega, Alemanha, Itália e Holanda, além de uma participação no festival Pukkelpop daquele mesmo ano de 97, junto de bandas como Blink 182, Bloodhound Gang, Bush, Dinosaur Jr, Eels, Foo Fighters, Incubus, Jon Spencer Blues Explosion, Marilyn Manson, Metallica, Millencolin, Rammstein, Tonic, Veruca Salt e You Am I.

Em 1998, voltando ao estúdio com Deathprod comandando a produção, o novo álbum foi lançado naquele mesmo ano pela Sony na Noruega e pela Stickman no restante da Europa, sob o nome Trust Us.


Motorpsycho - Trust Us (1998)
CD 1:
1. Psychonaut
2. Ozone
3. The Ocean In Her Eye
4. Vortex Surfer
5. Siddhartino
6. 577

CD 2:
1. Evernine
2. Mantrick Muffin Stomp
3. Radiance Freq.
4. Taifun
5. Superstooge
6. Coventry Boy
7. Hey, Jane
8. Dolphyn


O álbum recebeu sucesso artístico e comercial, mas Trust Us já dava sinais de que a banda daria um enorme passo adiante em sua sonoridade. Durante as 8 semanas que a banda gastou promovendo o álbum, os críticos e fãs perceberam que a banda estava dando aos poucos esse enorme passo, consolidando-os aos poucos com ótimas performances ao vivo. E foi com essas performances que em 1999 a banda lançou o primeiro de uma série de álbuns ao vivo da banda, chamado de Roadwork Vol. 1: Heavy Metall Iz a Poze, Hardt Rock Iz A Laiftschteil pela Stickman Records. O álbum foi gravado na Europa em 1998.


Motorpsycho - Roadwork Vol. 1: Heavy Metall Iz a Poze, Hardt Rock Iz a Laifschteil (1999)
 1. The Other Other Fool
2. A K9 Suite:
3. Super/Wheel
4. You Lied
5. Back To Comm
6. Words Of Wisdom
7. Vortex Suffer


Ainda em 1999, a banda decide entrar em estúdio novamente com Deathprod na produção para gravar o sucessor de Trust Us. A banda também sentiu que a sonoridade antiga que estavam fazendo já os estava enojando, então eles decidiram compor um álbum com uma sonoridade totalmente diferente dos álbuns anteriores que tinham feito. E assim na virada do milênio, em 2000, foi lançado pela Sony na Noruega e pela Stickman no restante da Europa, o álbum Let Them Eat Cake.


Motorpsycho - Let Them Eat Cake (2000)
1. The Other Fool
2. Upstairs-Downstairs
3. Big Surprise
4. Walkin' With J.
5. Never Let You Out
6. Whip That Ghost (Song For A Bro)
7. Stained Glass
8. My Best Friend
9. 30/30

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A banda muda de direção com Let Them Eat Cake, indo para uma sonoridade mais jazz e mais psicodélica, ao contrário do hard rock/indie/grunge que faziam nos álbuns anteriores. Para executar essas músicas ao vivo, a banda contratou o músico de jazz Baard Slagsvold, que ficou como tecladista. A banda ganhou um novo nível de sucesso graças a essa nova fase, que tinha uma sensibilidade bem mais pop, mas muitos fãs ficaram divididos. Alguns fãs ficaram alienados com essa mudança, enquanto que outros reagiram bem. Mas isso não abalou a banda de jeito nenhum, continuando com as turnês em países onde a banda nunca tinha passado, como França e Áustria, além de turnês onde a banda já era bem conhecida, como Itália, Alemanha, Suíça e Bélgica.

A banda também participou de mais uma edição do festival Pukkelpop, junto de bandas como Coldplay, Feeder, K's Choice, Limp Bizkit, Mr. Bungle, No Use For A Name, Placebo, Queens Of The Stone Age, Reverend Horton Heat, Rollins Band, Sigur Rós, Slipknot, Supersuckers e Therapy?.

Eles continuaram as turnês até o fim do ano de 2000, onde a banda entrou em estúdio com Deathprod novamente na produção para gravar um EP chamado Barracuda, com um estilo mais voltado ao blues-rock. O EP foi lançado em 2001 pela Stickman Records. A banda também produziu o sucessor de Let Them Eat Cake, chamado de Phanerothyme, também lançado em 2001 pela Stickman Records/Sony.


Motorpsycho - Barracuda (EP) (2001)
1. Heartbreaker
2. Up 'Gainst The Wall (Big Time)
3. Star Start Star
4. Vanishing Point
5. Rattlesnake
6. Dr. Hoffmann's Bicycle
7. Glow



Motorpsycho - Phanerothyme (2001)
1. Bedroom Eyes
2. For Free
3. B.S.
4. Landslide
5. Go To California
6. Paint The Night Unreal
7. The Slow Phaseout
8. Blindfolded
9. When You're Dead


O som de Phanerothyme continua na mesma linha de Let Them Eat Cake, quase que totalmente. A banda prossegue com os shows na Europa, ao mesmo tempo em que lança seu segundo álbum ao vivo, que contém um show da banda junto com uma outra chamada The Source em um festival de Jazz chamado Konsberg. O nome do álbum ao vivo é Roadwork Vol. 2: The MotorSourceMassacre - Motorpsycho, The Source & Deathprod, Live At Konsberg Jazzfestival 1995, lançado em 2001 pela Stickman Records.


Motorpsycho - Roadwork Vol. 2: The MotorSourceMassacre - Motorpsycho, The Source & Deathprod, Live At Konsberg Jazzfestival 1995 (2001)
1. Olemanns Kornett
2. Grindstone
3. The Wheel
4. Finske Skoger
5. Dreams
6. The Golden Core
7. Limbo
8. N°a


A banda continuou expandido sua base de fãs, passando por países como Grécia, Dinamarca e Inglaterra, além de Itália, Alemanha e Holanda, país esse que a banda não fazia shows já fazia um bom tempo. As turnês prosseguiram até o fim de 2001, onde a banda produziu com Deathprod o álbum It's A Love Cult, que foi lançado pela Stickman Records em 2002.
Motorpsycho - It's A Love Cult (2002)
1. Überwagner Or A Billion Bubbles In My Mind
2. Circles
3. Neverland
4. This Otherness
5. Carousel
6. What If...
7. The Mirror And The Lie
8. Serpentine
9. Custer's Last Stand (One More Daemon)
10. Composite Head


O som de It's A Love Cult continua na mesma direção de Phanerothyme e Let Them Eat Cake, mas recebendo críticas um pouco mais frias comparado aos outros álbuns citados. Para a turnê, a banda passou por mais países onde a banda nunca tinha visitado, como Espanha, Suécia e Luxemburgo, além de participações nos festivais Bizarre (Junto de Incubus, Korn, Nickelback e Chemical Brothers), em mais uma edição do Pukkelpop (Junto de Breeders, Disturbed, Filter, Fu Manchu, Green Lizard, Guns N' Roses, Jane's Addiction, Korn, Nickelback, Prong e Puddle Of Mudd) e no Lowlands (Junto de Dimmu Borgir, Filter, Flogging Molly, Incubus, Korn e Within Temptation). Além disso, a banda também fez sua primeira turnê nos EUA e em 2003, sua primeira turnê no Japão, ambas bem-sucedidas.

Em 2004, a banda decide gravar um segundo álbum no mesmo estilo country rock de The Tussler - The Original Motion Picture Soundtrack, produzindo por conta própria sob o nome The Internacional Tussler Society. O álbum, chamado Motorpsycho Presents The Internacional Tussler Society, foi lançado pela Stickman Records em 2004.


The Internacional Tussler Society - Motorpsycho Presents The Internacional Tussler Society (2004)
1. Highway Zen
2. That 'ol White Line
3. The West Ain't What It Used To Be
4. September
5. Satan's Favourite Son
6. Laila Lou
7. Back In Your Bed
8. When We Were One
9. Shitbox Ford
10. Morning Rain
11. The Skies Are Full Of... Wine?
12. Cassie (Call On Me)


Para promover esse álbum, a banda fez uma breve turnê que durou até o fim de 2004. Durante o ano de 2005, a banda decidiu dar uma parada na atividade para descansar, muito por causa da saída de Håkon Gebhardt da banda. Sæther e Magnus Ryan decidiram retornar ao estúdio em meados de 2005 como uma dupla para produzir o sucessor de It's A Love Cult. Para gravar a bateria, o próprio Sæther decidiu assumir a posição para isso. Produzindo dessa vez com Pieter Kloos em vez de Deathprod, o álbum duplo Black Hole/Blank Canvas foi lançado apenas em 2006 pela Stickman Records.


Motorpsycho - Black Hole/Blank Canvas (2006)
CD 1:
1. No Evil
2. In Our Tree
3. Coalmine Pony
4. Kill Devil Hills
5. Critical Mass
6. The 29th Bulletin
7. Devil Dog
8. Triggerman

CD 2:
1. Hyena
2. Sancho Says
3. Sail On
4. The Ace
5. L.T.E.C. (Deja-Vulture Blues
6. You Lose
7. Before The Flood
8. Fury On Earth
9. With Trixeene Through The Mirror, I Dream With Open Eyes

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Da fase jazz psicodélica da banda, Black Hole/Blank Canvas possui uma sonoridade bem mais madura comparado aos álbuns anteriores dessa fase, resgatando um pouco da sonoridade hard rock que eles faziam nos anos 90 e ficando de certa forma, bastante semelhante com um som stoner rock.

Para a turnê, a banda contratou o baterista Jacco Van Rooij e o vibrafonista Øyvind Brandtsegg. Com essa formação, a banda passou por diversas cidades da Alemanha, Itália e Bélgica, além de uma participação no Haldern Pop Festival (Junto de bandas como Twilight Singers, Mogwai, The Kooks, dentre outras).

Em 2007, a banda participou de mais festivais, como o Quart Festival (Junto de Turbonegro, The Who, 50 Cent e Chris Cornell) e o Burg Herzberg Festival (Com Brant Bjork And The Bros., Uriah Heep, Floating Stone, dentre outros). Ainda em 2007, a banda volta ao estúdio e se junta ao produtor Deathprod depois de 4 anos sem produzir alguma coisa com ele, para gravar o álbum Little Lucid Moments. O álbum foi lançado pela Stickman Records e pela Rune Grammofon em algumas localidades (Como EUA, Escandinávia, Grã-Bretanha e França) em 2008.


Motorpsycho - Little Lucid Moments (2008)
1. Suite: Little Lucid Moments
2. Year Zero (A Damage Report)
3. She Left On The Sun Ship
4. The Alchemyst


Esse foi o primeiro álbum que a banda gravou com o novo baterista Kenneth Kapstad, que substituiu Håkon Gebhardt definitivamente. Além disso, Little Lucid Moments é o álbum da banda que tem a menor quantidade de faixas, mas essas faixas são umas das mais longas da carreira da banda, indo dentre 11 e 21 minutos.

Para promover o álbum, a banda começou fazendo shows no país-natal deles, Noruega, assim passando por outros países novamente. A banda participou de mais uma edição do festival Roskilde (Junto de Anti-Flag, Band Of Horses, Bullet For My Valentine, Cat Power, Clutch, Jay-Z, Judas Priest, Kings Of Leon, My Bloody Valentine, Neil Young, Radiohead e Slayer). A banda retornou ao estúdio em 2008 para produzir o próximo álbum.

Optando por trabalhar com Steve Albini dessa vez, a banda grava o sucessor de Little Lucid Moments: Child Of The Future. O álbum é lançado no ano em que a banda comemora seus 20 anos de existência, em 2009, pela Stickman Records/Rune Grammofon apenas em vinil.


Motorpsycho - Child Of The Future (2009)
1. The Ozzylot (Hidden In A Girl)
2. Riding The Tiger
3. Whole Lotta Diana
4. Cornucopia (...Or Satan, Uh... Something)
5. Mr. Victim
6. The Waiting Game
7. Child Of The Future


 Durante a turnê de 20 anos da banda, os caras notaram que estavam meio parados no quesito da produção de álbuns, sempre com produtores que são da Noruega, então, entrando em estúdio novamente com um produtor diferente que veio de fora, Kåre Vestrheim. Com ele, a banda produziu o álbum Heavy Metal Fruit, que foi lançado no começo de 2010 pela Stickman Records/Rune Grammofon em CD e Vinil.


Motorpsycho - Heavy Metal Fruit (2010)
1. Starhammer (Feat. The Electric Psalmon)
2. X-3 (Knuckleheads In Space)/The Getaway Special
3. The Bomb-Proof Roll And Beyond (For Arnie Hassle)
4. Close Your Eyes
5. W.B.A.T.
6. Gullible's Travails (pt. I-IV)


Com Heavy Metal Fruit, a banda alcança novamente um grande sucesso, ainda com a sonoridade no jazz psicodélico, mas com mais toques de rock alternativo/progressivo. Na turnê, a banda visita a Finlândia, país que nunca havia visitado antes, além de mais shows na Espanha, Noruega e Inglaterra.

Enquanto a banda estava na estrada, a Stickman Records decide lançar mais um volume da série de álbuns ao vivo Roadwork. O nome do álbum é Roadwork Vol. 4: Intrepid Stronk, e foi lançado em 2011. (Nota do autor: Você deve estar se perguntando: Mas e o Roadwork Vol. 3: The Four Norsemen Of The Apocalypse? Bom, esse foi incluído como um bônus no DVD Haircuts, lançado em 2008, e eu não consegui encontrar esse DVD muito menos o bônus separado. Mas quando eu encontrar, vou editar esse post e incluí-lo aqui.)

Além disso, a casa de shows Effenaar lançou em edição limitada o álbum ao vivo Strings Of Stroop: Motorpsycho Live At Effenaar, contendo 5 faixas que foram gravadas durante vários shows nessa casa entre os anos de 1999 e 2010.


Motorpsycho - Roadwork Vol. 4: Intrepid Stronk (2011)
1. The Bomb-Proof Roll & Beyond
2. All Is Loneliness (Incl. Visions From A Possible Cornucopic Future...)
3. Wishing Well
4. Landslide
5. Kill Devil Hills
6. The Alchemyst



Motorpsycho - Strings Of Stroop: Motorpsycho Live At Effenaar (2011)
   1. Psychonaut (1999)
2. Go To California (2000)
3. Whole Lotta Diana (2010)
4. Come On In (2010)
5. Sheer Heart Attack (2006)

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A banda continuou com as turnês até o fim de 2011, quando decidem voltar ao estúdio junto com o músico de jazz-rock Ståle Storløkken, para um álbum colaborativo. Lançado pela Stickman Records/Rune Grammofon em 2012, o álbum se chama The Death Defying Unicorn.


Motorpsycho & Ståle Storløkken - The Death Defying Unicorn (2012)
CD 1:
1. Out Of The Woods
2. The Hollow Lands
3. Through The Veil (Parts I & II)
4. Doldrums
5. Into The Gyre
6. Flotsam

CD 2:
1. Oh, Proteus - A Prayer
2. Sculls In Limbo
3. La Lethe
4. Oh, Proteus - A Lament
5. Sharks
6. Mutiny!
7. Into The Mystic

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O álbum é conceitual e conta a história de um menino de Xangai, China, que é pressionado para se tornar um servente em uma viagem para as "Hollow Lands", em uma jornada física e psicológica, até se tornar jantar de peixes em um barco furado no meio de um oceano aberto. O álbum foi aclamado pela crítica e conta com a participação da orquestra de Jazz de Trondheim.
A banda voltou a estrada, fazendo shows com bastante frequência na Noruega e Alemanha, até o fim de 2012, quando a banda volta ao estúdio com a necessidade de voltar as raízes hard rock/indie/grunge do começo de sua carreira. E com isso, produzindo por si mesma o álbum, a banda lança Still Life With Eggplant em 2013 pela Stickman Records/Rune Grammofon, com a participação do segundo guitarrista Reine Fiske.


Motorpsycho - Still Life With Eggplant (2013)
1. Hell, Part 1-3
2. August (Love Cover)
3. Barleycorn (Let It Come/Let It Be)
4. Ratcatcher
5. The Afterglow


O álbum, como dito antes, marca a volta da banda as suas raízes, e com isso o álbum é considerado o mais acessível, pois possui estruturas musicais mais simples, mas mesmo assim, não deixou de ser bem-recebido pela crítica e público. A banda prosseguiu em turnê com Reine Fiske na segunda guitarra, passando por cidades da Noruega e Alemanha novamente, fazendo paradas ocasionais na Suíça, Holanda, Bélgica e Itália.

As turnês terminam no fim de 2013, quando a banda volta ao estúdio com a mesma formação para a gravação do seu mais recente álbum, Behind The Sun. O álbum é lançado pela Stickman Records/Rune Grammofon nesse ano de 2014. Atualmente a banda está em turnê promovendo o novo álbum.


Motorpsycho - Behind The Sun (2014)
1. Cloudwalker (A Darker Blue)
2. Ghost
3. On A Plate
4. The Promise
5. Kvæstor (incl. Where Greyhounds dare)
6. Hell, Part 4-6
7. Entropy
8. The Magic & The Wonder (A Love Theme)
9. Hell, Part 7